
Medo
A revista Community Dentistry and Oral Epidemiology publicou uma pesquisa norueguesa que analisou o impacto da fobia de dentista na saúde do indivíduo. De acordo com essa pesquisa, pessoas que fogem do dentista têm maior incidência de cáries, tártaro, problemas gengivais, perdas dentárias e abscessos. Nenhuma surpresa, pois um componente essencial falta à manutenção da saúde bucal dessas pessoas: supervisão periódica.
Segundo a professora Ruth Freeman, pesquisadora da Faculdade de Odontologia da Queen’s University de Belfast, “a odontofobia pode ser o resultado de um duplo processo: uma falsa conexão e um deslocamento psíquico”. Traduzindo: a pessoa com fobia conecta uma situação presente com um trauma anterior (que não precisa ter nada a ver, necessariamente, com Odontologia) e, não bastasse isso, o medo e a ansiedade experimentados naquela ocasião vêm de “brinde”. Sem contar a sensação de impotência, de estar com a boca aberta, sem poder falar… tudo contribui para o mal-estar. É ou não é assim?
Sobre os estudos e estatísticas aí em cima muitos vão dizer: “Ah, mas esses dados aí são de fora do Brasil, [ironia] onde tudo funciona direito, todo mundo é honesto e limpinho [/ironia] … aqui é BEM pior!”. Não. O Brasil está nessa média aí, e saibam: o cirurgião-dentista brasileiro é considerado referência em Odontologia no mundo todo. Portanto, se fosse pra ser pior em algum lugar, seria lá fora. Pensem nisso.
E se você faz parte do 56% que recorrentemente fazem a ~~piadinha~~: “Eu não tenho medo de dentista, eu tenho medo é do preço que eles cobram” ou acha que a observação que eu fiz acima só serve pra gente rica, clique aqui. 97% das pessoas que leram o artigo do link viram a luz!

Baseado no artigo de Massimo Barberi.
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